Paisagista
Cemitério dos Pássaros
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Paisagista
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Pedro Bruno fundou a Liga Artística de Paquetá em 1923. Durante um quarto de século, sob a sua presidência, a entidade trabalhou em prol da preservação e do embelezamento do patrimônio paisagístico de Paquetá.
Eram organizadas festas anuais em homenagem às árvores e aos pássaros, como forma de conscientizar e mobilizar o povo paquetaense, no sentido de preservar as belezas naturais da Ilha. O artista conhecia a vida de cada árvore de Paquetá, especialmente a dos flamboyants, da semente à floração. Impedia a derrubada de árvores, muitas delas plantadas por suas próprias mãos, e cuidava de suas enfermidades.

Urbanista por experiência, Pedro Bruno ajardinou não apenas o Cemitério do qual foi zelador, como também diversos logradouros da Ilha. Costumava adquirir passarinhos cativos, apenas para devolvê-los em seguida a liberdade.
Por iniciativa do artista, foram levantados – em diversas ruas, praças e praias de Paquetá – pequenos monumentos, bustos e placas em pedra ou bronze com data e legenda esculpidas. Eram erguidos para homenagear vultos de grande relevância para as Artes, para as Letras ou, em particular, para moradores destacados da Ilha. Dessa forma, foram perpetuados entre outros: Hermes Fontes, Carlos Gomes, Joaquim Manoel de Macedo, Padre Juvenal, Maestro Anacleto e Dr. Aristão. A inauguração de uma admirável máscara de Beethoven, esculpida em bronze, teve o formato característico das celebrações organizadas por Pedro Bruno.

Durante meia hora deste evento, as rádios locais, em colaboração com a Liga Artística, transmitiram obras do compositor – escutadas à luz do luar pela população presente.
A chegada do progresso trouxe a luz elétrica, o que motivou Pedro Bruno a lutar com heroísmo para evitar que esta forma de iluminação fosse adotada nas ruas de Paquetá. Não porque fizesse oposição aos confortos propiciados pelos avanços tecnológicos, mas porque tinha plena consciência da importância de se conservar ao máximo a
feição primitiva da Ilha, como um legado para as gerações futuras. Acabou sendo vencido, mas em troca conseguiu que em noites de luar as luzes das ruas fossem desligadas. O seu olhar de artista percebia que inovações artificiais, se utilizadas indiscriminadamente, poderiam vir a acarretar danos ecológicos e estéticos ao ambiente natural. Com seu trabalho de idealista, já naquele início do século XX, procurou difundir consciência – válida até os dias atuais – de admiração e proteção à natureza.

“Plantar árvores e proteger os ninhos é um tributo do Homem à terra mater”.
Pedro Bruno
Cemitério dos Pássaros
Cemitério dos Pássaros
“Longe da feição macabra, devemos ver apenas, no cemitério, uma alta expressão do passado, suavemente lembrada pela saudade”.
Pedro Bruno

Croqui
Pedro Bruno aliava, a seus dons artísticos e a seu zelo pela natureza, um devotado espírito público. Assim, ao tornar-se Oficial Administrativo comissionado pela Prefeitura, no cargo de zelador do cemitério da Ilha (Cemitério de Santo Antônio), implementou reformas que – com o toque magistral da sua arte de Mestre – transformaram o campo-santo num verdadeiro jardim, um local aprazível e convidativo à visitação.
O terreno onde passou a localizar-se a necrópole, situado numa suave encosta, havia pertencido anteriormente à Sra. D. Maria da Conceição, que doou-o à Mitra. A Irmandade que o ocupou não conseguiu, por falta de recursos, mantê-lo limpo e conservado. Com aspecto de terreno baldio, invadido pelo matagal, o campo sagrado perdeu sua integridade. Por decreto municipal de 23 de maio de 1860, o local foi desapropriado e transformado em área de utilidade pública. Esta medida repercutiu de forma positiva no seio da população paquetaense, que confiou a Pedro Bruno a tarefa de recuperação do patrimônio.
Mais do que recuperá-lo, Pedro Bruno efetuou no terreno uma radical transformação, fazendo surgir ali um autêntico cemitério, um local digno, ornamentado com os requintes de um esteta. As alamedas foram ajardinadas com vegetação adequada. Foram plantados roseirais, ciprestes, chorões e esplêndidos tamarineiros – cobertos por barbas-de-velho franjadas – por entre os alvos túmulos. A reforma da Capela contou com a colaboração da Liga Artística, entidade fundada por Pedro Bruno em 1923 com a finalidade de proteger e conservar os patrimônios naturais e culturais da Ilha.

Capela do Cemitério
Acima de um conjunto de pedras de cerca de dois metros de altura, foram levantadas três arcadas em estilo gótico. A seleção das pedras, em tons de cinza, foi feita pelo próprio artista, uma a uma, de acordo com as variações de tamanho e de tonalidade. As paredes ostentam ornatos em forma de pombas e de lírios, que destacam-se visualmente por sua brancura. O velório localiza-se ao centro das arcadas, onde também estão dispostos nove bancos de cantaria para as funções fúnebres. Ao fundo, ainda na parte central, encontrava-se o quadro “Cristo ao Luar”, de autoria de Pedro Bruno. Na varanda lateral há um singelo altar, dedicado a São Francisco de Assis, o santo que amava a natureza e, em especial, os pássaros. Encimando este altar estava outra tela do pintor, “São Francisco falando aos Pássaros”. Foi criado também um jardim, ao lado da capela, com um lago destinado a matar a sede dos passarinhos que, assim como as árvores, eram seres muito caros ao artista.
Uma expressiva inovação, que demonstra a sensibilidade da alma deste artista-empreendedor, foi a criação da “Ara da Saudade”. Em pedra tosca e escavada eram mantidas, permanentemente acesas, brasas nas quais parentes e amigos podiam depositar uma colherinha de incenso em memória de seus entes queridos, no Dia de Finados.

No Atelier da sua casa
A terra exercia sobre Pedro Bruno uma influência profundamente mística. E foi esta terra – o solo do Cemitério de Paquetá, fruto de seu trabalho e de seu carinho, sob o tamarineiro que ele mesmo plantou – que recebeu seu corpo, cercado pelos familiares e pela multidão de cidadãos saudosos, em seu derradeiro adeus.
Discursos
Discursos
Abaixo, um trecho do escrito “A Maldição da Árvore – para os fazedores de desertos”. Nele Pedro Bruno deu voz a uma árvore, num vigoroso libelo contra a insensata devastação da natureza.
“Homem! Eu sou uma eterna ressureição, revivo nas sementes que espalho em torno de mim, fecundo a terra, alimento os pássaros, enquanto em redor de minha sombra se levantam selvas soberbas, tu homem, carne inútil, só, desolado, sem ter dado à terra senão a inutilidade de ti mesmo espalhas a morte para poder viver.
Enquanto minha carne é fogo e chama, é vida, a tua espanta, afugenta, repugna.
Homem! Eu vivo como tu, maior que tu, levanto-me mais alto desta minha sombra mais longe, mais fresca, minha fronde abrange mais espaço agasalhando muitos pássaros que se desfazem em cantos.
Enquanto me levanto para te cobrir do sol, tu homem egoísta, na pequenez de tua sombra abrigas-te ti mesmo.
Reflete homem! De alma rude, no exceder de tua fúria ignóbil, não destróis somente nossas vidas, tu mesquinhas tua raça, enfraqueces teu cérebro embruteces tua alma, manchas teu passado, avilta tua Pátria.
Cada vez que ultrajes e deturpes a natureza mãe, mais te tornas indigno de viver em século de luz.”
Sobre Carlos Gomes, durante inauguração do busto do compositor:

“Minhas Senhoras! Meus Senhores.
Fica-se assombrado falar de um nome que com seu talento encheu uma época de sua Pátria. Seus poemas cantados na voz dos cantores, nas cordas dos violeiros e nos turbilhões sonoros das orquestras são o acervo de glórias que o Brasil se orgulha e nós nos ufanamos.
Carlos Gomes é parte integrante das maiores glórias que nobilitam a terra dos Pindoramas.
Saiu de sua terra ignorado e só voltou ao pátrio lar irradiando o fulgor de seu gênio engalanado de louros.
Voltou trazendo uma braçada de messes glorificadoras, entrando nos umbrais da história, como um herói vencedor penetra pela imortalidade adentro. Carlos Gomes foi a expressão sonora de uma raça onde três elementos tentavam construir uma nacionalidade acentuadamente brasileira.”
Imprensa
Imprensa
Matéria sobre a viagem de Pedro Bruno à Itália, como prêmio concedido pelo Conselho Superior de Belas Artes em sua 26ª Exposição eral (Gazeta de Notícias, 1919)
“UMA EXPOSIÇÃO HARMONIOSA”, Edith Magarinos Torres
“Estive, ontem, novamente, na Casa do Rio Grande do Sul, onde ora se apresenta a grande exposição Pedro Bruno.
Lá se encontravam, na ocasião, dois artistas que faziam o mesmo – voltavam atraídos pelo encanto da primeira visita, para completá-la.
– É raro ver-se, ultimamente no Rio, uma exposição tão equilibrada, tão harmoniosa – disse-nos um deles.
– Tive, ao chegar, ontem, aqui, completou o outro, a impressão singular de sentir-me num salão de museu da Europa.
Não quer isso, no entanto, significar que Pedro Bruno seja um passadista, ou tenha estacionado, ou repila, propositadamente o modernismo.
Continua a produzir com o entusiasmo jovial e moço de vinte anos passados, quando, graças a merecido e disputado prêmio, esteve na Europa, onde viu quanto lhe foi possível, aproximando-se dos melhores mestres.
Tem-se conservado romântico, apesar das correntes modernistas, reformadoras. Para ele, o mundo é a ilha maravilhosa, onde se isolou para viver o seu sonho de artista, ávido das emoções puras que só a natureza proporciona. E, para viver no ambiente familiar, onde a beleza viçou – como o demonstra com o admirável retrato de Magda, sua filha… Esse retrato que mais parece, na graça simples, uma reprodução da figura romântica, criada pela imaginação de um dos nossos maiores precursores do romance fino, para moças.
Refiro-me à “Moreninha”, de Macedo, à “Moreninha” cujo espirito deve pairar ainda na ilha de Paquetá, onde J. M. de Macedo a viu, na viveza de uns quinze anos feitos de naturalidade, travessa, a brincar de – esconde esconde, pregando peças a Felippe, ou a cantar sobre a pedra beijada pelas vagas, a balada de amor, que fazia milagres…
Insulado em Paquetá, Pedro Bruno, puro esteta que é, zelando pelas belezas naturais da ilha e pelos aperfeiçoamentos que lhe tem dado, com o viver sadio no convívio das árvores, dos pássaros, do mar caprichoso, dos pescadores, teve uma suprema recompensa – alheiar-se do mundo com tudo quanto tem de mesquinho, deprimente.
Trabalhando sempre, evoluiu, aprimorou sua técnica a ponto de torná-la pessoal, única.
Cheio de risonha complacência, aprecia os modernistas, achando graça em quanto realizam de mais – picassiano…
Como demonstração dessa faculdade de tolerância, figura na exposição um quadro, que tem despertado hilaridade e será para quem o adquirir uma nota encantadora de “verve”. Chama-se “Protesto” e representa a retirada de um “chantecler”, único de um terreiro…
O quadro a que me refiro é também único no gênero na exposição Pedro Bruno. Forma contraste violento com o misticismo de “Angelus no mar”, “Madona das gaivotas”, “Bruma”, “Beethoven e a sonata ao luar”, com a musicalidade wagneriana de “Guanabarinas”, “Rosa”, sonho impreciso que lembra a “rosa, rosa de amor” do poeta santista; dos flamboyants (e ele tem o privilégio dos flamboyants…) árvores que são momentos de várias fases de floração…
Não menciono, aqui, todos os quadros que mais agradam. São todos magníficos e foram selecionados de uma coleção maravilhosa. Teria, se quisesse dar notícia completa, de referir ainda a “Outono”, já premiado no Rio Grande do Sul e num concurso aqui no Rio, quadro que é um puro Parreiras, uma obra-prima.
Deixo de salientar a interpretação que dá ao nu, através do simbolismo, que é como uma visão antiga, puramente acadêmica.
Apreciando Pedro Bruno sob esse aspecto, no gosto pelo simbolismo, na busca do ideal, um dos nossos pintores mais exigentes, que já figurou como membro de concursos, esteve longo tempo na Europa, comparou-o a Puvis de Chavannes…
Que mais dizer, portanto, a respeito dos quadros em exposição, neste momento?
É indiscutível que Pedro Bruno conseguiu pôr em prática a famosa máxima de Corôt: “Na carreira do artista tudo está na conciência, confiança no valor próprio, perseverança”.
Ele tem, como dizia, uma grande conciência artística, movendo-se num sonho de beleza, de que fixa, sutilmente, todos os segredos. Persevera, aplicando-se horas a fio, com uma prodigiosa e rara faculdade de trabalho.
Há, a propósito, em: “Obras-primas de grandes mestres”, de Moreau Vauthier, algumas palavras que explicam melhor o meu ponto de vista.
“Conciência e Fé são as duas Musas que assistem os Mestres na criação de obras-primas.
O que será a fé? É o temperamento do artista, é o seu ponto de vista, sua educação, o meio em que vive.
O artista pode ser místico ou realista, heróico, familiar, poeta ou observador; poderá ser colorista, desenhista, criar um mundo de semi-deuses ou fazer naturezas mortas. Poderá ser Rafael ou Ticiano, Ingres ou Delacroix, Miguel Ângelo ou Chardin…
As qualidades indispensaveis, que deverá aliar aos dons recebidos da natureza, por mais prodigiosos que sejam esses dons, ou por mais maravilhosos que sejam a sua facilidade, seu gênio, são: vontade, esforço, trabalho.”
Nas exposições teem os artistas oportunidades para observações muito úteis.
Entre essas observações avultam vantagens – verem amigos perdidos de vista, desde muito; apreciarem a solidariedade de companheiros de trabalho, o gosto do público. E, o que é muito mais ainda – ajuizarem o caminho percorrido e o que pode ser feito…
O público, composto de leigos e de iniciados, pode ter desorientação, ao julgar, ao adquirir. Mas, muita vez, guiado pelo sexto sentido da cultura, proporciona ao artista uma enorme surpresa – preferenciando, justamente, o trabalho mais fino e de aparência menos vistosa.
Na exposição Pedro Bruno as aquisições, pelo que observei, estão tomando essa orientação.
No momento em que concluo esta croniqueta soube por uma das mais brilhantes discípulas do artista, que o quadro “Protesto” acabava de ser adquirido, sendo notável o apreço demonstrado pelo público em prestigiar a exposição.
Oxalá se multipliquem as aquisições, animadoramente, como tem ocorrido nestes últimos tempos, com o caso de ficarem artistas sem um só quadro para futuras exposições…
É preciso que o público compreenda que o artista também está sujeito à crise econômica e sofre com os preços fantásticos a que chegaram as tintas, as telas e… as famosas molduras, que desejaríamos sempre bem ricas…
Quadros como estes que Pedro Bruno está expondo são como aqueles que o “pintor místico” da Baía nos mostrou, há pouco… São obras-primas para galerias de arte, obras-primas de um valor que o tempo tornará simplesmente – inestimavel”.
“UM GRANDE ARTISTA MORTO”, Padre Artur Costa

“Conheci PEDRO BRUNO em 1947, numa viagem de barca para Paquetá, onde residia o artista.
A apresentação foi feita por um amigo comum, o poeta e cronista Valdomiro Ferreira, também morador da ilha.
Conservo ainda hoje a impressão de simpatia e encantamento que radiava, ao primeiro contato, da pessoa do grande pintor. A sua extrema simplicidade e modéstia contrastavam com o prestígio de um nome justamente consagrado na Arte nacional.
Pedro Bruno falou-me quase exclusivamente dos encantos naturais da ilha, que ele amava com um enternecido fervor.
Os seus olhos se fechavam as vezes numa expressão de cansaço. Seriam talvez os primeiros indícios da moléstia que lhe minava já o organismo aparentemente robusto. Ou quem sabe se nêsses breves instantes de recolhimento interior, o artista não estaria evocando alguma visão de luz, de côres, de novos motivos que a beleza maravilhosa de Paquetá sugeria constantemente ao seu pincel?
Os quadros não me eram estranhos. Eu vira na igreja de São Roque, a tela magnífica em que o artista revelou a sua inspiração cristã, ao reproduzir em traços de uma inconfundível pureza espiritual, a imagem do santo padroeiro da ilha.
Pedro Bruno viveu para a sua arte, indiferente e refratário aos sucessos mundanos, dos quais sempre fugiu, com desprezo, para refugiar-se em sua velha casa de Paquetá, ou no pequeno “atelier” desta cidade onde trabalhou e morreu.
Era uma espécie de asceta a quem nunca fascinaram os requintes da vida moderna, nem as seduções da glória humana.
Esta veio ao seu encontro ainda quando muito jovem, lhe foi conferido pelo Salão Nacional o prêmio de viagem à Europa, em 1918.
O moço pintor concorrera aquele certame artístico com uma tela de grandes proporções intitulada “A Bandeira Brasileira” e que é considerada no gênero o melhor trabalho até hoje executado no Brasil.
Inúmeras foram as produções em que deixou a marca de sua capacidade técnica e do seu gênio criador de artista.
Era um espirito contemplativo e apaixonado da natureza, um romantico de imaginação sadia, que se afastou deliberadamente de todos os excessos ou abusos das escolas sensualistas. Não desonrou a Arte, transformando-a em instrumento de paixões grosseiras. Os nus femininos que pintou, observa com razão um dos seus críticos, tiveram sempre a nobreza que lhes soube emprestar o caráter do artista.
Assisti em Paquetá a última homenagem que se prestou em vida a Pedro Bruno. Foi a inauguração do busto do artista na praça que hoje tem o seu nome.
Representantes dos poderes públicos, membros do clero, autoridades civis e militares, deputados, diretores de institutos de arte, estavam ali confundidos com o povo naquela consagração pública do artista.
Depois do último discurso, Pedro Bruno levantou-se para agradecer. A emoção quase não o deixou falar. Lembro-me de como recordou um episódio de sua vida íntima que comoveu profundamente a enorme assistência.
Fora ao terminar a guerra de 14 a 18, contou ele. Sua velha mãe voltara da Europa, ainda sob a impressão da medonha tragédia que ensanguentara o mundo. Entrando na casa do filho, em Paquetá, se ajoelhara e beijara o chão!
Queria significar com esse gesto o seu amor a terra formosa e acolhedora que a recebia na paz abençoada do seu céu azul e de suas águas tranquilas.
Depois de uma pausa, em que a emoção lhe embargara a voz, Pedro Bruno continuou dizendo que a sua alma também estava de joelhos, naquela hora, para agradecer a homenagem dos seus patrícios na terra que recebera o beijo de sua mãe.
Nessa eloquência vinda de coração e que se exprimia com acentos, de uma tão comovedora ternura, revelava-se toda a delicadeza e sensibilidade da alma do artista.
Esse foi o homem que o Brasil acaba de perder, e cuja morte representa para a Arte nacional um rude e doloroso golpe”.
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Livro – Edição comemorativa dos 100 anos do quadro “Patria”, com a coordenação de
Paulo Celso Liberato Corrêa.
